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Possivelmente produtores terão que usar manual de crédito para dívidas da safra de verão

3 de agosto de 2022

Mesmo com boa participação de representantes do governo federal, em reunião realizada ontem, de forma virtual, não houve avanços no pedido da Fetag para prorrogar o rebate de 35,2% nas parcelas de dívidas dos agricultores familiares, em razão da estiagem do verão passado. O desconto vigorou até 31 de julho.  A Federação dos Trabalhadores na Agricultura quer que o benefício seja estendido até o final deste ano. Trata-se de desconto para pequenos produtores que não tiveram cobertura de Proagro.

Durante entrevista hoje pela manhã na RPI, o presidente da Fetag (foto), Carlos Joel da Silva, enfatizou que falta vontade política da União e que parlamentares no Congresso Nacional, tanto de situação como de oposição, estão preocupados com a eleição de outubro, por isso, não existe foco no auxílio aos produtores.

Carlos Joel da Silva observou que se tiver interesse é possível encaminhar projeto ao Congresso, de forma imediata, para prorrogar o rebate. Segundo o governo federal, essa ampliação não é possível, pois o período de emergência causado pela estiagem terminou. No entanto, a Fetag entende que existem recursos que possibilitam essa extensão e que os efeitos econômicos da seca ainda seguem para a agricultura.

O presidente da entidade acredita que a partir de agora só resta utilizar o manuel de crédito, medida que permite os agricultores pedir a prorrogação de parcelas de débitos por conta própria nos bancos. O problema é que essa conta vai ter que ser paga para frente, ou seja, haverá acumula de dívida. Na região de Ijuí também há agricultores com financiamentos sem Proagro, por exemplo, custeios pecuários e de investimento.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí