Progresso Rural: Novas tecnologias ajudam produtores de hortigranjeiros de Ijuí a reduzir perdas no inverno

30 de junho de 2025

O período do inverno traz alguns desafios para produção de hortigranjeiros, especialmente em razão de geadas ou chuvas em excesso. E é isso que produtores de Ijuí enfrentam no momento. Há cerca de uma semana, chuvas de aproximadamente 250 milímetros prejudicaram, principalmente, produtos cultivados a céu aberto. Depois, no início da semana que passou, duas ocorrências de forte geada impactaram, até mesmo, em hortigranjeiros existentes em estufas.

O agricultor, Cristiano Cereta, que possui propriedade na localidade de Parador, comenta que produtores que têm como fonte de renda, de forma exclusiva ou quase única, os hortigranjeiros, geralmente contam com maiores investimentos, por exemplo, estufas e sistema para reduzir os efeitos de geadas. Ontem, às 6 horas e 30 minutos, ele ampliou esses temas no programa Progresso Rural da RPI. Para que geadas não causam tanto estrago em verduras e outros produtos, Cristiano destaca equipamento que espalha uma espécie de névoa de água sobre as estufas.

Cereta ainda destacou a importância da profissionalização. Observa que essa profissionalização é necessária, até para ter produção a fim de atender a demanda, pois, em muitos casos existem obrigações. Ele cita o próprio exemplo, visto que repassa hortigranjeiros para merenda escolar em Ijuí, diante disso, precisa manter a produção. Além disso, frisa que esse maior investimento compensa, pois no inverno é comum ter menos produção, com isso, mais mercado e melhores preços para quem segue com oferta de hortigranjeiros.

No Progresso Rural, ontem, Cristiano Cereta ainda destacou que o atual momento é um pouco atípico, pois há muitos dias nublados, o que prejudica o crescimento de hortaliças, legumes e outros. Por exemplo, a alface é ofertada com tamanho menor que o habitual em Ijuí, há menos moranguinho, pois demora mais para maturar, e o tomate, também pelo fato de se desenvolver de maneira mais lenta, tem menos disponibilidade, consequentemente, o consumidor paga mais caro, visto que o produto vem de outros Estados. Abaixo, a entrevista com Cristiano Cereta.