Representantes da ANR-Ijuí pedem Centro Olímpico para a cidade ijuiense

Aconteceu nesta semana, entre a segunda-feira, 28 de agosto e a quinta-feira, 31 de agosto, o Fórum Nacional de Formação Esportiva, promovido pelo Comitê Brasileiro de Clubes (CBC)

O evento contou com a presença da ministra do Esporte, Ana Moser e tratou sobre importantes pautas no mundo esportivo, como a Lei de Incentivo ao Esporte e o Bolsa Atleta. O presidente da Associação Noroeste Runners (ANR-Ijuí), Ethor Martins, e o vice-presidente, Alecio Obregon, estiveram representando a região no evento com um pedido especial.

Ethor Martins aproveitou a oportunidade para entregar dois ofícios solicitando a criação de um Centro Olímpico em Ijuí, município sede da ANR-Ijuí Atletismo. Um deles foi entregue à ministra do Esporte Ana Moser e o outro ao presidente da Comissão do Esporte do Congresso Nacional, deputado federal Luiz Lima (PL/RJ).

“Nossa guerra oficialmente começa hoje. Não descansaremos enquanto essa obra de grande relevância não aconteça”, destaca o presidente da ANR.

Desde sua fundação, em 2019, a ANR-Ijuí buscou otimizar seu espaço de treinamento, hoje localizado no Complexo Poliesportivo de Ijuí. Ethor afirma também que o pedido não vem apenas da Associação, mas sim de todos os que utilizam o Poliesportivo para prática esportiva. “Apesar da ANR ser a pioneira na luta pela criação de um Centro Olímpico, a comunidade do atletismo regional sempre pediu”, acrescenta.

Atualmente, a pista de atletismo oficial mais próxima se localiza junto à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a cerca de 175 quilômetros de Ijuí. Trazer para a região noroeste um Centro Olímpico seria um grande feito, acredita o professor, treinador e ex-atleta Paulo Poersch, que já foi recordista e campeão brasileiro em provas de atletismo. “A ANR vem quebrando paradigmas em questão de proporcionar para jovens do interior de mostrarem seu talento e abrirem portas para o futuro”, salienta.

O treinador complementa que por ter nascido no interior do Rio Grande do Sul sabe o representaria um espaço dessa magnitude para o esporte local. “Eu sei das dificuldades que tive na época por não ter uma equipe e ter que buscar no Rio de Janeiro esse ambiente. Portanto, acredito que seria uma oportunidade única, não só para os futuros atletas, mas também para toda população”, afirma Poersch.

Fábio de Moura, também educador físico e treinador de atletismo, evidencia que a região noroeste é capaz de formar atletas de ponta no cenário desportivo brasileiro e que a criação do Centro Olímpico fomentaria esse processo. “A quantidade e qualidade de atletas que nós temos aqui é muito boa, então há necessidade maior de ter espaços adequados para desenvolver um treinamento de qualidade e mantermos eles na nossa região, fazendo com que o esporte local cresça cada vez mais”, ressalta.

Esse desejo de construir um espaço adequado para a prática esportiva perpassa dos mentores aos atletas. Segundo o atleta Alex Ramos, seria muito gratificante treinar em uma pista com condições ideais. “Principalmente em dias de chuva, porque na nossa pista se chove se torna impossível treinar. Tendo uma pista atlética oficial, por exemplo, muda totalmente o cenário e eleva o nível dos atletas”, descreve.

A atleta Fernanda Schneider, de Cerro Largo, finaliza contando que um Centro Olímpico iria aumentar o desempenho dos atletas e diminuir uma série de riscos. “Aqui na minha cidade treino sempre na rua, além de ser muito perigoso, as chances de surgirem lesões também aumentam. Com o espaço ideal, torna-se mais fácil melhorar os resultados, com segurança”, completa.