Busca rápidaX


Simone Tebet: “Precisamos falar menos de Lula e Bolsonaro e mais de Brasil”

5 de maio de 2022

A pré-candidata a presidente da República pelo MDB, Simone Tebet, senadora pelo Mato Grosso do Sul, cumpriu agenda em Porto Alegre nesta quinta-feira (05). Entusiasta das pautas de inovação, ciência e tecnologia, a presidenciável fez uma visita ao South Summit, evento de inovação que ocorre na capital gaúcha, e aproveitou para se reunir com líderes políticos do Estado. Ao lado dos ex-governadores José Ivo Sartori e Germano Rigotto, que é seu coordenador de campanha, e do pré-candidato ao governo do Estado, Gabriel Souza, Tebet concedeu entrevista coletiva no diretório estadual do MDB. Aproveitando a pauta de inovação, a senadora, que também é professora, falou sobre educação. Para Tebet, em um mundo digital, o Brasil funciona em modo analógico e precisa repensar a educação, que obrigatoriamente passa por mais conectividade, defendendo que os alunos precisam ter tablets e outros dispositivos para auxiliar na aprendizagem.

Como uma das candidatas que se coloca como uma terceira via, Simone Tebet foi bombardeada de perguntas sobre o tema. Em um dos momentos questionada sobre o PSDB e a rejeição de João Dória nas pesquisas, arrancou risadas da plateia ao dizer que pagaria a passagem do repórter para que ele questionasse o partido tucano, antes de responder a questão com educação e fluência. Apesar do tom moderado e eloquente, Tebet alfinetou Bolsonaro, ao elogiar a vacina e o respeito a ciência, e Lula, ao relembrar que voltar ao passado é voltar aos esquemas de corrupção da época de governo petista. E também não fugiu de questionamentos sobre pares de MDB, críticos a sua candidatura como Renan Calheiros e Eunício Oliveira. Após reiteradas perguntas se abre mão de ser candidata, Tebet disse que estará em uma frente democrática de qualquer maneira, exceto como vice, no entanto deixou claro que está preparada para o cargo que almeja, e também que caminhará junto com alguém que lidere uma terceira via unificada. Neste ponto elogiou muito o nome de Eduardo Leite, embora respeite a decisão das prévias do PSDB, a quem disse que estaria ao lado, acrescentando que a política é dinâmica e que caso Dória não decole, o cenário pode mudar. A senadora ressalta que até o dia 18 espera uma resposta dos apoios dos tucanos e do Cidadania ao seu nome.

Entusiasmada, a pré-candidata do MDB avalia que está crescendo nas pesquisas, mesmo que com 2 ou 3%, apegando-se ao fato de que seu nome é o com menos rejeição e mais desconhecido do eleitorado, o que favorece a um crescimento. Questionada pela reportagem da RPI, sobre como convencer eleitores polarizados, preocupados muito mais em colocar comida na mesa, a escolher ela, Tebet ressaltou que as pesquisas apontam que os índices são menores daqueles que votam só em Lula e em Bolsonaro, que há uma parcela que poderia votar em outro nome, além de indecisos: “Há uma avenida por aí. É preciso falar menos de Lula e Bolsonaro e mais de Brasil”, diz esperançosa e afirma que o eleitor sabe de temas importantes como o Auxílio Brasil e que no dia da eleição vai se preocupar com o futuro. Ao mesmo tempo que defende que nenhuma criança deve dormir com fome no país e reconhecer que há uma grande desigualdade em vários níveis no Brasil, Simone Tebet diz que não há mais espaço no Brasil para assistencialismo, e que as políticas sociais precisam ter porta de saída. E conclui dizendo que o sistema eleitoral é seguro, as urnas são confiáveis e que, após as eleições, o resultado deve ser respeitado e todos devem caminhar juntos.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí