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Venezuela: manifestantes vão às ruas e entram em confronto com militares Pró-Maduro

30 de abril de 2019

Confrontos, violência, bombas de gás e atropelamentos são fatores que marcam o clima na capital da Venezuela, nesta terça-feira (30). As ruas de Caracas foram tomadas por manifestantes após o presidente autoproclamado, Juan Guaidó, divulgar uma mensagem afirmando ter obtido apoio de oficiais das Forças Armadas para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder.

No mesmo vídeo, Guaidó conclama a população a sair às ruas para se manifestar contra o governo. A ação foi batizada como Operação Liberdade, para livrar o país do que classificou como “a usurpação” do poder pelo grupo de Maduro.

Por sua vez, o governo de Maduro também convocou a população, pelas redes sociais, para ir às ruas. A partir daí, milhares de venezuelanos contrários e favoráveis ao governo tomaram as ruas da capital, Caracas, e de outras cidades venezuelanas. Segundo sites de notícias do país, há relatos de confrontos entre manifestantes e forças de segurança. Imagens de TV exibem veículos militares tentando conter populares que tentam invadir uma base aérea, chegando mesmo a atropelar um grupo de pessoas. O governo de Maduro acusa os oposicionistas de tentativa de golpe e diz ter lealdade dos militares. 

Foto: Fernando Llano/AP

Por volta de 12h, grupos de manifestantes tentavam entrar na principal base aérea do país, a Generelísimo Francisco de Miranda, conhecida como La Carlota. O local foi escolhido como ponto de apoio a Guaidó, mas não era controlado por militares apoiadores do oposicionista até o início desta tarde.

Manifestantes forçavam as grades, mas os militares respondiam com disparos de bombas de gás. Carros blindados da polícia também avançavam sobre manifestantes. Um dos veículos chegou a acelerar sobre a multidão, atropelando pessoas e provocando correria que derrubou mais gente perto da La Carlota.

Nas ruas, mais cedo, militares já haviam disparados bombas contra manifestantes. De acordo com a rede de televisão estatal Telesur, policiais tentaram dispersar com gás lacrimogêneo aqueles considerados “golpistas”.

Brasil, Estados Unidos e Colômbia apoiaram o movimento contrário a Maduro. O presidente Jair Bolsonaro afirmou, por uma rede social, que o país “acompanha com bastante atenção” a situação e está “ao lado do povo da Venezuela, do presidente Juan Guaidó e da liberdade dos venezuelanos.”

O secretário de estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou, também por meio de rede social, que o governo norte-americano “apoia plenamente o povo venezuelano em sua busca por liberdade e democracia”. “A democracia não pode ser derrotada”, diz o post.

Fonte: Agência Brasil e G1
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