Violência contra a mulher aumenta 33% no RS em 2023 e Ijuí acompanha indicadores

Os índices de violência contra a mulher aumentaram 32% no Rio Grande do Sul em 2023 e Ijuí segue os mesmos indicadores. A informação é da advogada, socióloga e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Ijuí, Sônia Terezinha Burtet. Em entrevista à Rádio Progresso, Sônia lembrou da importância da Lei Maria da Penha no que se refere aos direitos das mulheres, citando que hoje quando a mulher vai até a Delegacia de Polícia, não precisa mais provar que sofreu violência já que imediatamente vai receber medidas protetivas.
A representante do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher também citou os tipos mais comuns de violência, que vão muito além da física. Em sua fala, ela enfatizou a violência moral por exemplo, quando a mulher é xingada, caluniada, injuriada ou difamada.
A violência psicológica é aquela em que a mulher é isolada do contato com parentes, amigos, vida social, uma violência que segundo Sônia, muitas vezes demora pra ser percebida.

Citou também a violência patrimonial, que ficou especialmente conhecida nas últimas semanas após o caso da apresentadora Ana Hickmann, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos. No entanto, Sônia lamenta a realidade em que as mulheres na grande maioria buscam ajuda somente após o ato de agressão, a violência física.

Para auxiliar mulheres que sofrem qualquer tipo de violência, Sônia lembrou da importância da coragem em dar o primeiro passo e denunciar o agressor. Em Ijuí, existe uma rede de proteção destinada às mulheres. O primeiro passo para denúncias pode ser por ligação via 180. Depois, a orientação é para que a vítima vá até a Delegacia Especializada da mulher e registre ocorrência garantindo medidas protetivas. A partir daí ela será amparada e orientada em relação aos próximos passos.