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Caravanas de Ijuí e região estarão em São Luiz Gonzaga nesta quarta-feira para o Grito de Alerta

18 de março de 2025

Caravanas de Ijuí e região vão participar do Grito de Alerta, nesta quarta-feira, em São Luiz Gonzaga, organização da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul, a fim de reivindicar melhorias para os agricultores atingidos pela estiagem.

De Ijuí sairá um ônibus às 6 horas e 30 minutos, defronte o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Jóia, Ajuricaba e Augusto Pestana também vão ter um ônibus em cada município para levar os participantes.

A primeira tesoureira da Fateg e coordenadora da regional da Fetag de Ijuí, Elisete Hintz, ressalta que da regional, compreendida por 13 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e 17 municípios, cerca de 500 agricultores vão integrar o Grito de Alerta. Hintz explica que o maior número de participantes será das regionais da Fetag Missões 1 e 2, Ijuí, Três Passos, Santa Rosa e Médio e Alto Uruguai. Porém, também haverá representação de outras regiões, por exemplo, Santa Maria e Santiago.

O 11º Grito de Alerta estava marcado para ocorrer em maio, no município de Três Passos. Porém, foi antecipado e alterado o local, pois São Luiz Gonzaga foi um dos primeiros municípios do Estado a decretar situação de emergência em razão da falta de chuva, além de que a região das Missões é uma das mais impactadas no território gaúcho pelas consequências da estiagem.

Durante entrevista hoje pela manhã na RPI, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, disse que mais de seis mil pessoas já confirmaram presença na programação de amanhã. A partir das 6 horas e 30 minutos, haverá recepção dos participantes na rua São João, em frente à Cresol.

A abertura oficial vai ocorrer às 9 horas. Após, vai ter a saída dos agricultores com caminhada por diversas ruas de São Luiz Gonzaga, com passagens por agências bancárias, INSS, dentre outras instituições. Ao meio-dia, haverá ato na praça Matriz, com encerramento do Grito de Alerta por volta das 13 horas.

Carlos Joel da Silva comentou na entrevista na Progresso, que a pauta do movimento está centrada na requisição de apoio governamental devido à estiagem, até porque os produtores acumulam muitas dívidas, visto sucessivos problemas climáticos nos últimos anos, seja por conta da falta ou excesso de chuva.

Destacou que ao longo deste tempo os governos fizeram muito pouco em termos de socorro aos agricultores. Por exemplo, ano passado, a Fetag solicitou à União a extensão de débitos rurais por 10 ou 15 anos, porém foram concedidos apenas 3 a 4 anos. Agora, a Fetag se soma a outras entidades agrícolas gaúchas na busca pela securitização de dívidas, ou seja, prorrogação por 20 anos, com juros de 1 a 3%.

O Grito de Alerta ainda vai pedir a criação do fundo de catástrofes, com suporte financeiro aos agricultores familiares afetados por eventos climáticos extremos, revogação das resoluções do Proagro, para que o programa seja mais acessível e eficiente para os produtores, também qualificação do atendimento da previdência social rural. Nesse último item, o presidente da Fetag comentou que muitos produtores esperaram por longo período por perícias médicas, além de tempo demasiado para outros benefícios.

Ao falar hoje pela manhã na RPI, Carlos Joel da Silva ainda enfatizou que a estiagem é um problema da sociedade em geral, ou seja, não apenas dos produtores, mas de empresas e outros segmentos, pois com menos colheita, o comércio tem menores vendas.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí