O município de Ajuricaba decretou, hoje, situação de emergência por conta da estiagem. O documento foi assinado pelo prefeito Paulo Dolovitsch. A decisão foi tomada após reuniões com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural – Comder, com IBGE, Emater, representantes da Defesa Civil do município e da região e levantamento dos prejuízos no município.
O secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Leroy Campanaro, destacou que há redução significativa da produtividade nas lavouras de soja, milho silagem, além de leite e piscicultura. De acordo com levantamento do IBGE, realizado durante reunião na última semana, os prejuízos projetados apenas na cultura da soja safra já chegam a aproximadamente 50% na produção, o que representa quase R$ 80 milhões de perdas. Somando-se às demais culturas, os prejuízos já passam de R$ 95 milhões até o momento.
Ainda com relação à cultura da soja, inicialmente a expectativa era de uma colheita de aproximadamente 3.600 kg por hectare, o equivalente a 60 sacas. No entanto, na previsão mais recente apresentada na reunião com o IBGE, a estimativa caiu para 1.800 kg por hectare, correspondendo a 30 sacas. Essas são estimativas preliminares e as perdas podem ser ainda maiores, pois os dados finais e oficiais serão divulgados apenas no final de abril e início de maio.
Na última semana, representantes da Defesa Civil regional estiveram no município, quando reforçaram o compromisso com a segurança e a recuperação das áreas afetadas, garantindo o suporte técnico necessário para que Ajuricaba possa obter recursos e apoio diante da situação enfrentada.
Além da assinatura do decreto de emergência, outras ações para diminuir os efeitos da estiagem estão sendo adotados pela Prefeitura, como a limpeza de bebedouros, a instalação e manutenção de encanamentos para o abastecimento de água e a limpeza de áreas estratégicas para a captação de vertentes naturais.
O prefeito Paulo Dolovitsch destaca que a assinatura do decreto autoriza o Município às compras emergenciais para enfrentar a estiagem e reduz a burocracia para que os produtores rurais justifiquem suas perdas junto às instituições bancárias. Agora o Município aguarda a homologação, por parte dos governos estaduais e federais, para receber recursos para minimizar os prejuízos. Apesar da redução dos volumes nos reservatórios, não há racionamento de água até o momento. Mas a Prefeitura solicita à comunidade para que colabore através do uso consciente da água.
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