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Caso Abílio: túmulo de homem assassinado é violado no Cemitério Jardim

8 de março de 2022

O túmulo do bombeiro aposentado Abílio Porto da Silveira foi violado, conforme informações dos familiares. Na sua rede social, Anelise Silveira, filha da vítima, postou fotos do túmulo lamentando o ocorrido. Nesta quinta-feira, 10, o homicídio irá completar dois anos.

“Alguém teve a capacidade de se deslocar até o cemitério, achar o túmulo dele, pegar uma faca de serra e arrancar as fotos com pura frieza e desprezo. Meu pai não irá voltar. Mas a família sente e sofre por toda essa demora (no processo), sofre a angústia diária de nunca mais poder vê-lo e ainda tem que suportar estas atitudes de pura crueldade”, disse Anelise. Ela ainda complementa “não basta ele ter morrido com quatro tiros, ter seus animais queimados vivos, alguém ainda vai ao cemitério e faz esta barbaridade”. A filha ainda questiona: “quando teremos paz?”.

Entenda o caso:

Isabel Cristine dos Santos Gonçalves, 48 anos, é acusada de matar a tiros Abílio Antonio Porto da Silveira, aos 55 anos, nas proximidades de uma pista de rodeio, em Rincão dos Casalini, interior de Coronel Barros, na noite de 10 de março de 2020.

Testemunhas relataram ter visto ela efetuar disparos na região do peito do peito. Depois dos fatos, ela teria incendiado a residência de Abílio localizada em Passo das Cruzes e fugido em um veículo Ford Focus. No local, a casa, carro e pertences da vítima foram queimados. Animais que ali estavam, sendo cachorros, porcos e terneiros morreram por conta do incêndio.

As guarnições da Brigada Militar efetuaram diligências no sentido de localizar a possível autora do fato, sendo que no final da noite daquele dia o veículo suspeito foi localizado estacionado na rua João Peter Krombauer em Coronel Barros. Em frente ao veículo foi encontrada Isabel, a suspeita do homicídio, a qual encontrava-se desacordada. Ao lado dela foi encontrado um revólver calibre .38 com quatro cartuchos deflagrados e um intacto, também foi localizado próximo ao veículo, frascos vazios dos medicamentos Clonazepan e Bupropiona.

Quatro folhas de papel explicando a motivação do crime foram encontradas pela polícia no carro. “Nesta carta ela admitiu o crime e explicitou o motivo: amor, bem como outros detalhes íntimos do casal”, disse o delegado Gustavo Arais na época.

Após ser capturada, ao invés de ser apresentada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), foi conduzida ao Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) onde permaneceu internada, sendo que dias depois foi recolhida à Modulada. Pouco mais de cinco meses presa, Isabel foi posta em liberdade onde aguarda julgamento.