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Caso Kiss: “O Brasil absolveu Luciano Bonilha Leão”, afirma advogado

4 de agosto de 2022

A anulação do júri que condenou os quatro réus do caso da boate Kiss foi comemorada pelo advogado Jean Severo, que representa Luciano Bonilha Leão. Ele disse que o julgamento cancelado foi um buffet de nulidades.

“O Tribunal, de uma forma correta e corajosa, anulou esse júri que duro 10 dias. São várias nulidades acatadas pela nossa defesa e dos demais réus. Vamos para outro júri para fazer justiça. O Luciano precisa ser absolvido. O Brasil absolveu o Luciano. Estamos muito felizes pela soltura dele e dos demais réus. Se fosse amanhã esse júri nós já estaríamos preparados”, comentou o advogado em áudio enviado à Rádio Progresso.

A anulação ocorreu por parte da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) que acolheu parte dos recursos das defesas. Dessa forma, um novo júri deve ser marcado. Cabe recurso da decisão.

O julgamento terminou com o placar de dois votos a um para reconhecer a anulação do júri. O desembargador e relator Manuel José Martinez Lucas, afastou as teses das defesas, enquanto os desembargadores José Conrado Kurtz de Souza e Jayme Weingartner Neto reconheceram alguns dos argumentos das defesas dos réus.

O empresário Elissandro Spohr foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão. Ele foi apontado, no curso do processo, como o responsável pelas decisões diretas na administração da casa noturna e teve a pena base em 15 anos por ser “considerada a maior expressividade de sua atuação na Boate, a revelar culpabilidade mais exacerbada”, conforme do juiz Orlando Faccini Neto, mais metade (sete anos e meio) devido às tentativas de homicídio aos sobreviventes.

O outro sócio da Kiss, Mauro Londero Hoffmann cumpre pena na mesma penitenciária. Ele recebeu uma pena base menor, de 13 anos, “dada a sua atuação menos intensa” na administração da boate, segundo o juiz Faccini Neto, mais metade (seis anos e meio) devido às tentativas de homicídio aos sobreviventes.

O músico Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, foi denunciado por ter manipulado a artefato pirotécnico que serviu de ignição ao fogo na boate. Ele recebeu a pena base em 12 anos de reclusão, mais metade (seis anos) devido às tentativas de homicídio aos sobreviventes.

Luciano Bonilha Leão foi condenado por ser o responsável pela aquisição do artefato que iniciou o incêndio. Ele era o “roadie”, nome dado ao técnico de apoio que auxilia uma banda em shows, e recebeu a mesma pena base do companheiro de grupo: 12 anos mais metade (seis anos) devido às tentativas de homicídio aos sobreviventes.

Fonte: RPI e G1. Fotos: GZH