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Crise na Saúde: Confira a situação de hospitais e municípios da região

24 de novembro de 2018

   O Hospital São Francisco de Augusto Pestana, referência entre os municípios da DÉCIMA SÉTIMA coordenadoria regional de saúde, no tratamento de saúde mental, tem a receber R$1,2 milhão em serviços prestados. A contratualização envolve o município de Augusto Pestana, que não dispõe dos recursos, devido ao atraso envolvendo o governo do estado. Este montante de recursos envolve passivos dos anos de 2014 e quase 14 meses do atual governo.

   O Hospital Santo Antônio de Tenente Portela, também restringe atendimentos. Devido ao atraso nos repasses, a UTI adulto e Neo Natal foram fechadas para novas internações. A UTI Neo Natal contava com 15 leitos. Já a UTI adulto disponibilizava 10 leitos de atendimento. Conforme a presidente do Hospital Mirna Braucks, o estado deve a instituição recursos dos incentivos de Agosto, Setembro e Outubro.  Em contato com a reportagem da Rádio Progresso a presidente disse que através de uma ação da comunidade, reabrirá os leitos da UTI adulto, a partir do dia 03 de Dezembro.

   Em Cruz Alta, o Hospital São Vicente de Paulo segue com restrições nos atendimentos. São apenas casos de urgência e emergência grave, que recebem atenção médica. Consultas e outros procedimentos particulares, ou convênios são atendidos normalmente. Os pacientes são orientados a procurar a unidade de pronto atendimento para receberem atendimentos. Não há prazo para o retorno à normalidade. A direção do hospital, vai conceder uma entrevista coletiva no próximo dia 28 para detalhar a situação financeira da instituição. Na última semana, um grupo de funcionários foi, em caminhada, até a prefeitura de Cruz Alta, para relatar os problemas para o Vice Prefeito, que estava comandando o município.

   O Hospital de Caridade de Ijuí, além de conviver com atrasos constantes nos pagamentos pelo Sistema Único de Saúde, sofre agora, com atrasos nos repasses do IPE saúde, plano atendido pelo hospital. Segundo o presidente Cláudio Martins, até a última semana o atraso passava de CINCO milhões de reais. O HCI não restringe atendimentos e acaba sendo o principal hospital recebedor de pacientes de outras regiões.

   Em Ajuricaba, o Poder Executivo decretou, na última semana, situação de emergência em razão da falta de médicos na rede pública de saúde. Isso ocorre porque os três médicos cubanos que atuavam através do programa federal Mais Médicos deixaram de trabalhar. O prefeito Ivan Chagas, durante essa semana, vai encaminhar contratos emergenciais para suprir essa demanda. Hoje, a prefeitura conta apenas com uma profissional atendendo 10 horas semanais.

   A 17ª Coordenadoria Regional de Saúde foi procurada para comentar os problemas envolvendo repasses de recursos e profissionais a hospitais e prefeituras, mas, a coordenadora Silvia Cecatto não foi encontrada. Segundo sua assessoria ela participava de um curso de capacitação em Porto Alegre, e não respondeu nossos telefonemas. A secretaria Estadual de Saúde também foi procurada pela reportagem, porém não foi dado retorno sobre os atrasos nos repasses. A direção da Hospinoroeste, confirmou que o governo do estado efetuou repasses as casas de saúde na última semana, para cobrir uma parte dos atendimentos da média e alta complexidade.

Fonte: Rádio Progresso AM 690