A estimativa final de rendimento da safra de verão 2021/2022, dentre os 44 municípios de abrangência do escritório regional da Emater, com sede em Ijuí, aponta redução de 67% na soja, em relação à expectativa inicial de produtividade média que era de 60 sacas por hectare, visto a estiagem. Com isso, o rendimento máximo da soja deverá ficar numa média entre 19 e 20 sacas por hectare, caso ainda for registrada chuva.
O agrônomo, Gilberto Bortolini, ressalta que em alguns municípios, por exemplo, Coronel Barros, Jóia, Ibirubá, 15 de Novembro e Salto do Jacuí, a perspectiva é de diminuição de 85% na produção da oleaginosa. Em Ijuí, a tendência é de 80% de redução. No momento, a colheita da soja na área do escritório regional da Emater, sediado em Ijuí, está em 3% e rendimento médio de 12 sacas por hectare.
Gilberto Bortolini comenta que a partir de agora não haverá aumento da perspectiva de produtividade da soja, visto o final de ciclo da cultura. Com isso, a cultura só poderá manter a estimativa ou reduzir.
No que se refere ao milho, na mesma região a colheita está quase concluída. Com isso, os dados são mais concretos e demonstram tendência de quebra de 54% no potencial produtivo em relação à perspectiva inicial de 160 sacas por hectare. A média está entre 73 e 74 sacas. A diminuição só não é maior em razão de áreas irrigadas de milho. Porém, se avaliar apenas o milho sequeiro, a quebra de rendimento é maior.
No Rio Grande do Sul, a estimativa da Emater é que a safra de verão tenha perda de pelo menos 41,9% na produção média dos principais grãos, numa relação com a estimativa inicial de 33,6 milhões de toneladas. Na soja a previsão é de quebra de 52,1%, além de 55,1% no milho, 36% no feijão primeira safra e 4,5% no arroz.