Federasul defende medidas semelhantes à Covid para apoio a empresas em razão das enxurradas

A Federasul – Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul – atua para que empresas de diferentes tamanhos e ramos do Estado tenham alguns auxílios governamentais, visto os prejuízos sofridos com as chuvas e enchentes das últimas semanas.

Durante entrevista hoje pela manhã na RPI, o vice-presidente da Federasul para micro e pequenas empresas, Douglas Ciechowicz, ressaltou que há medidas que não necessitam de liberação de dinheiro, por exemplo, postergação de prazos de obrigações trabalhistas junto ao Ministério do Trabalho, dentre outras situações. Ele observou que são alternativas colocadas em prática durante a pandemia da Covid 19, quando empreendimentos precisaram fechar ou atuar com restrições.

Agora, o problema é que em regiões como Metropolitana e Porto Alegre, Vale dos Sinos, Vale do Taquari e Central, teve empresas destruídas pela força das águas, em que empresários perderam tudo, inclusive equipamentos. Por isso, Douglas Ciechowicz também entende que ajuda financeira é outro ponto fundamental, com auxílio emergencial retroativo a primeiro de maio deste ano, linhas de crédito com carência e demais medidas. “Ninguém quer dinheiro de graça”, disse o vice-presidente da Federasul.

Na mesma entrevista nesta manhã na Progresso, Douglas Ciechowicz, ainda enfatizou que outra prioridade momentânea é evitar demissões por parte de empresas, por isso, a Federasul tem realizado reuniões rotineiras com entidades sindicais, por exemplo, CUT – Central Única dos Trabalhadores – e Sindicatos de Trabalhadores Rurais.

Ciechowicz esclareceu que hoje é o quarto dia útil do mês, ou sejam, período em que empresas efetuam pagamento de salários aos funcionários, porém, muitos empreendimentos não venderam nada desde o mês passado, inclusive, perderam até a sede.

Mesmo que empresas de Ijuí e região não tenham sofrido alagamentos pelas enchentes, há efeitos indiretos. Nesse âmbito, o representante da Federasul citou transportadoras de Ijuí que ficaram sem possibilidade de buscar ou levar mercadorias para regiões afetadas, dentre outras áreas, o que prejudicou a matéria-prima, consequentemente, os negócios.