Busca rápidaX

Os reflexos da estiagem na produção de peixes: Com 15 açudes, produtor investe no uso da tecnologia em Nova Ramada

8 de abril de 2022

Assim como diversas áreas da agricultura, a piscicultura também foi e ainda segue prejudicada pela estiagem que atingiu todo estado do Rio Grande do Sul no ano passado e início deste ano. A mortalidade dos peixes e o baixo desenvolvimento devido a má qualidade da água são os principais problemas apontados pelo Ajuricabense Airton Cossetin, que há oito anos atua na produção de peixes. Hoje com 15 açudes em Nova Ramada, e área de 25 hectares de lâmina d’água, o produtor ainda trabalha para minimizar os efeitos causados pela falta de chuva.

Outros fatores apontados por Airton são o aumento no custo de produção e a baixa produção de grãos, que afetou o preço dos produtos utilizados na ração, como os grãos de soja e milho.
Para minimizar os prejuízos, o agricultor precisou investir no uso da tecnologia através do aerador, um dispositivo que incorpora o oxigênio na água. Ou seja, o oxigênio dissolvido na água é utilizado na respiração do peixe e na decomposição dos materiais orgânicos que estão presentes no tanque: restos de alimentos, fezes de animais aquáticos, entre outros.
Airton destaca que o uso do equipamento resulta num alto custo de energia, no entanto, é a forma mais eficaz de garantir a produção.

Questionado sobre o impacto na comercialização de peixes na Semana Santa, Airton afirma que apesar dos prejuízos, neste ano não vai faltar. Esse problema, segundo ele, pode acontecer no próximo ano, em razão da impossibilidade do repovoamento dos açudes, que deveria estar acontecendo agora.
Assim como demais produtores do estado, atualmente Airton Cossetin trabalha na produção de tilápia, que no ano passado, segundo o IBGE, registou um aumento de 4,7% no Brasil. No entanto, Airton acredita que nesse ano, em razão de todos os fatores apontados, haverá uma queda significativa na produção.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí