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“A Kiss não foi uma tragédia, foi um caso anunciado e que só nós não sabíamos”, diz pai de vítima do incêndio

4 de agosto de 2022

A anulação do julgamento do Caso Kiss realizada por desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) nesta quarta-feira, 03, causou indignação de pais das vítimas do incêndio que matou 242 pessoas e deixou outras 636 feridas.

Para um dos pais, Darci Andreatta, morador de Jóia, e que perdeu um filho no incêndio, o fato não se tratou de uma tragédia, mas sim de um caso anunciado.

“Se tivesse sido uma tragédia (o incêndio) seria um acidente em que não se acharia culpados. Mas, a própria justiça, querendo ou não, achou culpados. Então, para mim o incêndio foi um caso anunciado em que, praticamente, todas as autoridades já sabiam (que aconteceria). Só nós e as nossas vítimas que foram para aquela festa, que pagaram para pagar, não sabíamos”, diz Andreatta.

O pai de Ariel Nunes Andreatta também questiona as leis permissivas que possibilitam, na visão dele, esse tipo de impunidade. “São nossos políticos que votam os projetos, as leis do nosso país. É a nossa política, os senhores excelências deputados e senadores, são vocês que criam essas leis. E depois que vira lei é preciso respeitar e eu respeito”, afirma o morador de Jóia. O filho estudava técnico em alimentos na UFSM, em Santa Maria.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí