Desde o início de 2018 até 8 de janeiro de 2019, o Brasil registrou 10.274 casos confirmados de sarampo. Atualmente, o país enfrenta dois surtos da doença: no Amazonas, onde há 9.778 casos e, em Roraima, onde foram contabilizados 355 ocorrências. Porém, casos isolados foram confirmados em outros estados do Brasil, entre eles, o Rio Grande do Sul, com 45 casos registrados. Foram registrados ainda 12 óbitos por sarampo: quatro em Roraima, seis no Amazonas e dois no Pará.
Os surtos, segundo o Ministério da Saúde, estão relacionados à importação, já que o genótipo do vírus que circula no Brasil é o mesmo da Venezuela, país com surto da doença desde 2017.
Em Ijuí, a situação não é a mesma. De acordo com a 17ª Coordenadoria Regional de Saúde, não há registros da doença nos últimos anos, tanto no municipio de Ijuí quanto nas outras 20 cidades de abrangência da 17ª CRS. “Não temos informação de quando o último caso foi registrado em Ijuí, isso porque faz muito tempo”, afirma Cledi Otonelli, responsável pelo Programa de Imunização da 17ª Coordenadoria Regional de Saúde. “Isso se deve, principalmente, a prevenção e o cuidado que nós temos. Todos os anos realizamos um monitoramento de cobertura vacinal, que consiste em uma pesquisa de amostragem de campo, onde vamos nas casas para conferir as carteirinhas para verificar se as pessoas foram vacinadas ou não” afirma.
Segundo ela, até dezembro de 2018, todos os municípios de abrangência da 17ª CRS atingiram a meta de 96% nas imunizações de crianças até 12 meses. “Se existir algum caso suspeito, aplicamos uma vacina de bloqueio, que serve para eliminar qualquer chance da doença se manifestar ou atingir outra pessoa” destaca Cledi.
Geralmente a primeira dose da vacina é dada aos 12 meses e a segunda entre os 15 e os 24 meses. No entanto, todos os adolescentes e adultos que não tenham sido vacinados podem tomar uma dose desta vacina em qualquer fase da vida, sem necessidade de reforço. Em Ijuí, existem 14 salas públicas de vacinação e 3 privadas, que funcionam de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30, e, segundo Cledi Otonelli, a tríplice-viral, vacina que protege não somente contra o vírus do sarampo mas também caxumba e rubéola, fica disponível o ano todo. ” Todos os adolescentes e adultos que não tenham sido vacinados podem tomar uma dose desta vacina em qualquer fase da vida, sem necessidade de reforço” destaca Cledi.
A 17ª CRS pede a toda comunidade para que verifique a carteirinha de vacinação, para ter certeza de que a vacina foi aplicada. Caso a pessoa não tenha recebido a vacina quando criança, deve imediatamente procurar a 17ª CRS.