O preço da gasolina comum subiu novamente no Rio Grande do Sul, com o litro passando a custar R$ 4,64, em média. O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo (ANP) que apontou a quarta semana consecutiva de alta, com um aumento agora de três centavos.
O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta segunda-feira (16) que o preço dos combustíveis está alto no Brasil, e disse que o governo busca por soluções.
A ANP pesquisou cerca de 360 postos de combustível no estado. Em novembro, após ficar mais de um mês sem mexer nos preços, a Petrobras fez duas elevações na gasolina vendida nas refinarias. Além disso, o preço do etanol está subindo nas usinas e ele precisa, obrigatoriamente, ser adicionado a gasolina nas distribuidoras, onde o preço também está subindo.
Segundo o presidente da Sulpetro, o sindicato que representa os postos de combustíveis no Estado, João Carlos Dal’Aqua, ontem (16) o preço de pauta para cálculo do ICMS da gasolina comum no Rio Grande do Sul teve um aumento de R$ 0,075. O valor passou de R$ 4,5495 para R$ 4,6249. Além da gasolina, também serão elevados os valores para diesel, etanol e gás natural veicular.
Em entrevista à RPI nesta manhã, Dal’Aqua disse, no entanto, que o grande vilão no aumento dos combustíveis é a carga tributária existente no Brasil, já que quase 50% do valor dos combustíveis incidem sob tributos.
O valor do ICMS no Rio Grande do Sul também é apontado como culpado no aumento. O presidente da Sulpetro afirma que o estado gaúcho tem um dos valores mais altos do Brasil, e que o assunto é colocado em pauta constantemente junto ao governo estadual.
Uma das soluções, na opinião de Dal’Aqua, seria padronizar um valor fixo para o ICMS em todo Brasil, e não mais dividi-lo em percentual a cada estado.