Desafiando adversidades, na busca por dias melhores: A história de superação à beira da BR 285, em Ijuí

Há anos, Tiago Zoly Farias, de 43 anos, e seu avô João Nardes, de 80 anos, enfrentam uma dura realidade vivendo em um barraco improvisado nas margens da BR 285, em Ijuí. Com eles, mora Veiga, um amigo da família que os emprega em um trabalho com “chapas”. As condições de vida nesse local são extremamente precárias, com paredes improvisadas de colchões e lonas, e poucos recursos como agasalhos, cobertores e alimentos.

Essa difícil situação os levou a depender da ajuda do Instituto Ijuí sem Fome, uma organização comprometida em auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade social. A instituição fornece cestas básicas, agasalhos e outros tipos de auxílio, oferecendo um pouco de conforto em meio às adversidades que enfrentam diariamente.

A história de Tiago tem suas raízes em uma separação conturbada da mãe de seu filho, ocorrida há dez anos. Na época, seu filho, com apenas dois anos, foi embora com a mãe e desde então, Tiago não teve mais notícias da criança. Embora sinta falta do filho, ele acredita que a mãe está cuidando bem dele. Desde então, Tiago entrou em um estado de depressão profunda, deixando de viver e passando a sobreviver, sem motivação ou ambição para melhorar sua situação.

A situação enfrentada por Tiago, João e Veiga é agravada pelo estigma e pelo olhar de medo, pena e nojo por parte das pessoas que passam pela rodovia. “Somos seres humanos, não é mesmo? Às vezes nos olham como se não fôssemos”, disse Tiago.  Nessa batalha pela sobrevivência, ele expressou sua gratidão à repórter da Rádio Progresso por enxergá-los como seres humanos. “Obrigada por vir aqui conversar comigo, obrigada por andar olhando para os lados”. 

Enquanto a sociedade segue sua trajetória acelerada pela rodovia, Tiago, João e Veiga lutam incansavelmente à margem, buscando uma vida digna e o reconhecimento de sua existência. Quem quiser contribuir com doações para ajudar Tiago, João e Veiga, qualquer forma de auxílio é necessária, especialmente de cobertores, agasalhos e alimentos. A residência fica às margens da BR 285, há poucos metros do “trevo da Havan” e da “caixa d’água”.