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Em entrevista na RPI, presidente da Famurs apoia CNM na ideia de novo censo demográfico

3 de julho de 2023

A Confederação Nacional de Municípios começa movimento para que seja realizado novo censo demográfico no Brasil em 2025. Segundo a CNM, o resultado do censo de 2022, divulgado quarta-feira passada pelo IBGE, não representa com fidedignidade a realidade do país. Além disso, as informações impactam nos recursos transferidos aos municípios, especialmente em relação ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e a diversos programas federais que consideram o porte populacional.

O censo apurou que a população brasileira teve redução de aproximadamente 4 milhões de habitantes frente à prévia do levantamento divulgada no final de dezembro de 2022 e 10 milhões em relação às estimativas populacionais divulgadas em 2021.

Pela análise da CNM, 770 Municípios vão ter perdas de coeficiente do FPM; 4.523 se mantiveram estáveis; e 249 vão ganhar mais dinheiro. No Rio Grande do Sul, 44 municípios vão ter perdas de recursos e apenas nove vão contar com aumento no índice.

Dentre os 11 municípios da Associação dos Municípios do Planalto Médio, com sede em Ijuí, apenas Panambi terá queda de recebimento de verbas do FPM. Isso acontecerá mesmo que Panambi tenha registrado aumento de 5.457 moradores em relação ao censo de 2010. Apesar do crescimento populacional de 14,34%, a contagem de habitantes de Panambi ficou abaixo da estimativa, pois faltaram 634 moradores para que o município figurasse em nova faixa do índice de FPM.

O novo censo apontou que a população da Amuplam aumentou em 8.644 pessoas e passou de 166.613, para 175.257 habitantes. Dos 11 municípios, apenas, Ijuí, Panambi, Coronel Barros e Augusto Pestana tiveram aumento de população. Ijuí permanece na mesma faixa em que estava para recebimento de retorno de recursos do governo federal via FPM.

Ao ser entrevistado nesta manhã na RPI, o presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul e prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi, disse que a Famurs apoio a ideia da CNM por nova contagem populacional, apesar do grande orçamento necessário para este trabalho.

Orsi observou que a maioria dos municípios gaúchos perdeu população, houve dificuldade do IBGE em contratar recenseadores e vários municípios tiveram problemas para que o censo chegasse a todos moradores. Frisou que o resultado ficou longe do estipulado.

O presidente da Famurs revelou que muitos prefeitos falam que ocorreu acréscimo de recebimento de dinheiro nos segmentos de saúde e educação, mas a população reduziu. Orsi ainda comentou na entrevista na Progresso, que a média de perda de dinheiro de cada um dos 44 municípios, em razão do novo censo, será de 5 milhões de reais. E isso ocorrerá principalmente em pequenos municípios, onde o FPM é quase a maioria de arrecadação.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí