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Hot wallets ou cold wallets: onde armazenar suas criptomoedas

28 de maio de 2024

ATENÇÃO: Este artigo é patrocinado

Em um mundo cada vez mais digitalizado, o dinheiro também vai ganhando características virtuais. No lugar de cédulas de papel e moedas de metal, bits de informação passam a representar valor monetário. Tanto que alguns desses ativos, como o Bitcoin e o Ethereum, podem ser usados no pagamento de bens e serviços, em remessas internacionais e como forma de investimento. Algumas iniciativas vão além disso, dando suporte a projetos inovadores em Finanças Descentralizadas (DeFi), identidade digital, NFTs, etc.

O fato é que as criptomoedas conquistaram seu espaço, atraindo investidores com promessas de descentralização, segurança e potenciais ganhos. Mas aos iniciantes neste universo, surge uma dúvida cruel: como armazenar seu dinheiro com segurança? Diante de uma infinidade de opções e tipos de carteiras digitais, será que todas elas são a mesma coisa?

A resposta é simples e direta: não, não são a mesma coisa. Para começo de conversa, há dois tipos de carteiras, as hot wallets (carteiras quentes) e as cold wallets (carteiras frias). Cada uma apresenta uma série de benefícios e desvantagens para o investidor. Assim, é fundamental entender as diferenças entre cada uma delas para escolher a opção que melhor atenda às necessidades do usuário. Afinal, é isso que irá determinar o nível de proteção dos investimentos e a facilidade de acesso aos fundos.

Hot Wallets

O termo hot wallet refere-se às carteiras online, pois estão sempre conectadas à Internet. Essa é uma das formas mais comuns de armazenamento de criptomoedas, já que muitas plataformas – como a famosa Phanton Wallet (especializada na rede Solana) – e exchanges oferecem opções gratuitas aos seus usuários. Vale ressaltar também a óbvia praticidade de se ter acesso aos fundos a qualquer hora e local, desde que se tenha uma conexão à Web.

Além disso, geralmente as cold wallets estão disponíveis em três formatos: softwares para PCs, aplicativos para celulares e plataformas online. Na prática, essas carteiras armazenam as chaves privadas, componentes de criptografia assimétrica que funcionam como senhas exclusivas para o acesso e controle das criptomoedas.

Nesse ponto, é importante esclarecer que nenhuma carteira – nem a hot nem a cold – armazena os criptoativos de fato. Na verdade, os fundos ficam em sua rede blockchain original. Assim, o que as carteiras armazenam realmente são as chaves privadas que permitem ao investidor autorizar e validar transações. Por estarem constantemente conectadas à Web, as hot wallets facilitam esse processo, permitindo o envio e recebimento de criptomoedas com facilidade.

Apesar dessas vantagens, as hot wallets são mais vulneráveis a ataques cibernéticos. Isso torna crucial que os usuários mantenham seus backups de recuperação seguros e privados, caso contrário correm o risco de perda permanente dos fundos.

Outra precaução importante está no montante armazenado nesse tipo de carteira. Devido aos riscos de segurança, não é recomendado manter grandes quantias em hot wallets.

Cold Wallets

Ao contrário de suas irmãs conectadas, as cold wallets são carteiras de criptomoedas offline. Isso significa que não ficam conectadas à Internet, a não ser quando se quer movimentar os ativos. Essa é uma das grandes vantagens dessa opção. Por armazenarem as chaves privadas dos seus usuários de forma segura, oferece um alto grau de proteção contra ataques cibercriminosos e malwares. Isso acontece, porque a maioria das ameaças é implementada pela Internet.

Há basicamente quatro tipo de cold wallets: carteira de papel, que é simples pedaços de papel onde constam as chaves públicas e privadas e podem incluir também um código QR para agilizar as transações; carteira de hardware, dispositivos físicos semelhantes a pen drives que armazenam as chaves privadas; carteiras de software offline, programas de computador com chaves privadas que não se conectam à Internet; e ainda a deep cold storage wallet, ou carteira de armazenamento frio profundo, que são uma subcategoria das carteiras de papel, pois o armazenamento da chave privada e frase de recuperação é feito, por exemplo, em um cartão de memória que fica protegido dentro do cofre de segurança de um banco.

Por serem mais seguras e menos suscetíveis a perdas acidentais, as cold wallets são indicadas para o armazenamento de grandes quantias em criptomoedas. Porém, são menos convenientes do que as versões online, há o risco de perda física do dispositivo, sem contar os custos adicionais de aquisição.

Nessa categoria, a Ledger e a Trezor são as marcas mais populares, pois oferecem opções compatíveis não apenas com Bitcoin, mas também com centenas de outras criptomoedas.

Como escolher uma carteira de criptomoedas

Antes de escolher a sua carteira de criptomoedas, tenha uma ideia clara sobre suas necessidades. Se é um iniciante que deseja empenhar pequenas quantias para aprender como funcionam os investimentos em criptoativos, uma hot wallet pode ser suficiente. Se estiver negociando diretamente em uma exchange, talvez haja a opção de utilizar algum produto nativo e gratuito da própria plataforma.

Mas lembre-se, mesmo com sua alta conveniência, esse tipo de carteira oferece mais riscos, sendo indicado para o armazenamento de pequenas quantias de criptomoedas.

Por outro lado, se você já é um investidor mais experiente, que conseguiu levantar uma quantia razoável em ativos digitais, não se esqueça que uma cold wallet oferece mais segurança ao seu investimento. O problema é que esta opção não é tão conveniente, pois exige que se conecte o dispositivo a um computador para movimentar os fundos.

Além do lado utilitário do produto escolhido, é preciso avaliar a reputação da carteira, os tipos de criptomoedas compatíveis, a facilidade de uso e o nível de segurança oferecido. Veja também se a opção desejada oferece um bom serviço de atendimento ao cliente e, por fim, analise as taxas cobradas por cada uma.

Com essas dicas, você estará no caminho certo para escolher a carteira de criptomoedas ideal para suas necessidades e manter seus investimentos seguros e protegidos. Por fim: invista com responsabilidade. Apesar de fascinante, o mercado de ativos digitais é altamente volátil e apresenta uma série de riscos ao seu investimento. Nunca empegue uma quantia acima daquela que está disposto a perder.