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A nova era da pesquisa: por que os jovens estão ‘trocando’ o Google pelas redes?

19 de fevereiro de 2025

De acordo com um artigo da ExpressVPN, as novas gerações vêm substituindo o uso do Google pelas redes sociais ou ferramentas de inteligência artificial. Esse tema merece um aprofundamento maior!

Você por acaso já fez uma pergunta em um grupo de uma rede social? Por exemplo: “quais são os melhores restaurantes no bairro X?”. Se sim, você não está sozinho: essa tendência vem sendo vista com cada vez mais frequência, especialmente entre os usuários mais jovens que usam as redes sociais.

Na prática, parte das tarefas que antes eram cumpridas pelas ferramentas de pesquisa como o Google, hoje é executada em espaços como o Instagram e o TikTok; sem falar nas inteligências artificiais. Dado esse cenário, surge a dúvida: por que os jovens estão “trocando” os recursos tradicionais pelas redes?

1. Contato com experiências reais de outros usuários

Segundo a pesquisa da ExpressVPN, a primeira razão citada pelos entrevistados para a preferência por redes sociais em detrimento do Google são as experiências reais de outros usuários com as quais se tem contato. Esse é um ponto que tanto os recursos de buscas quanto as IA não são capazes de suprir.

Os números de indivíduos que citam essa razão variam entre 22% e 32%, com diferentes percentuais para diferentes gerações. Como podemos imaginar, a Geração Z e os Millennials mais jovens são os que fazem um uso mais significativo das redes, enquanto os Boomers e a Geração X usam o Google.

2. Informações mais atualizadas e em tempo real

A motivação de informações mais atualizadas e em tempo real é citada por 27% a 35% dos usuários, mais uma vez apresentando diferenças entre as gerações. Isso se deve ao fato de que mecanismos de pesquisa online podem demorar algum tempo para atualizar as informações em suas bases de dados.

E isso vale também para os portais oficiais de notícias: em plataformas como X e o Instagram, jornais atualizam dados e realizam coberturas de eventos em tempo real, muitas vezes com vídeos e imagens. Esse é um ponto distinto (o qual vamos explorar logo a seguir), mas ajuda a explicar a razão anterior.

3. Foco em conteúdos audiovisuais e envolventes

Pegando carona no último parágrafo, nós chegamos à terceira razão: um foco maior em conteúdos de cunho audiovisual, os quais em geral possuem narrativas e são apontados como mais “envolventes”. As gerações mais novas parecem valorizar esse aspecto bem mais que aquelas gerações mais antigas.

A ExpressVPN aponta números que vão de 24% a 43%, o que quer dizer que entre ¼ e metade dos internautas valorizam vídeos e imagens em suas pesquisas. Isso vale tanto para as notícias quanto para as recomendações de lugares, compra de produtos, contratação de serviços e as demais experiências.

4. Perguntas, respostas e acesso mais diretos

O quarto e último item dessa lista foi apresentado por 25% a 33% dos entrevistados, com o percentual maior aparecendo entre os Millennials mais velhos, seguidos dos mais jovens e da Geração Z. Trata-se do ato de perguntar e obter respostas de forma mais direta, conversando com os demais usuários.

Quando pesquisamos opiniões sobre um produto, por exemplo, podemos encontrar reviews de outras pessoas entre os resultados, mas não temos a oportunidade de perguntar diretamente elas acharam sobre um determinado ponto; o que já acontece quando pesquisas são realizadas nas redes sociais.

5. A interação direta e o feedback imediato

Outro fator que tem levado os jovens a preferirem as redes sociais ao Google é a interação direta com outros usuários. Em plataformas como o Instagram e TikTok, os jovens podem não só encontrar opiniões e recomendações, mas também fazer perguntas e receber respostas imediatas.

Essa interação, mais direta e espontânea, é altamente valorizada, uma vez que ela cria um senso de comunidade e conexão que não é possível em buscas tradicionais.

O feedback imediato também se estende à capacidade de validar informações rapidamente por meio de comentários e discussões. Quando uma recomendação ou opinião é compartilhada nas redes sociais, os usuários podem ver imediatamente se outras pessoas concordam ou discordam, o que confere mais confiança à informação compartilhada.

6. O papel dos influenciadores digitais

Não podemos deixar de mencionar a influência dos criadores de conteúdo nas redes sociais. Influenciadores digitais se tornaram figuras-chave para muitos jovens na hora de tomar decisões, seja sobre produtos, serviços ou até mesmo destinos de viagem. O poder de um bom “storytelling” aliado à credibilidade de um influenciador pode superar facilmente a objetividade de uma pesquisa no Google.

Esses influenciadores não apenas fornecem informações, mas também as contextualizam dentro de uma experiência pessoal, algo que pode ser mais impactante do que um resultado de pesquisa padrão. Por exemplo, ao buscar por dicas de restaurantes, muitos jovens preferem confiar em um vídeo de um influenciador testando as opções em vez de ler uma avaliação simples no Google.

7. O impacto da evolução tecnológica das IA

Além disso, a inteligência artificial (IA) não fica atrás quando falamos sobre as mudanças nas preferências de busca. Ferramentas como chatbots e assistentes virtuais se tornaram cada vez mais acessíveis nas redes sociais, tornando a experiência de pesquisa ainda mais interativa.

A IA é capaz de gerar respostas instantâneas e personalizadas, uma vantagem competitiva em relação ao Google, onde é necessário digitar uma consulta e navegar por uma série de resultados antes de encontrar a resposta desejada.

Aliada a todas essas razões, há uma busca por informações mais personalizadas e por dicas que sejam específicas de uma comunidade. Em vez de o Google informar qual o melhor restaurante, por que não os indivíduos que moram nesses locais? Independentemente de tudo isso, a tendência persistirá!

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