Busca rápidaX


PPCI do prédio da segurança pública estava sendo atualizado, diz governador

15 de julho de 2021

Após cancelar agenda em São Paulo, marcada para esta quinta-feira, o Governador Eduardo Leite chegou por volta das 9h ao que restou do prédio da Secretaria de Segurança Pública, atingido por um incêndio de grandes proporções, entre a noite de quarta-feira e madrugada desta quinta-feira (15). Imediatamente, Leite iniciou uma reunião do Gabinete de Crise do Estado em um hotel em Porto Alegre, próximo ao prédio de nove andares atingido pelas chamas. Por volta das 10h15min, ao lado do vice-governador e secretário de segurança pública, Ranolfo Vieira Junior e o comandante do corpo de bombeiros, César Eduardo Bonfanti, o Governador concedeu uma entrevista coletiva para atualizar as informações sobre o incêndio e a continuidade dos serviços prestados pela segurança pública no Rio Grande do Sul.

“Havia sim um plano de prevenção contra incêndio no prédio”, conforme o Governador. O processo inclusive estava sendo atualizado e expandido, com investimento de mais de R$ 1 milhão, cujo prazo era de seis meses para ser concluído. Segundo Leite, a atualização estava no segundo mês de operação.

Leite ressaltou que a prioridade total segue na busca pelos dois bombeiros, o tenente Almeida e o sargento Munhoz, que desapareceram no combate às chamas, enquanto garantiam a evacuação total do prédio. Munhoz, inclusive, estava de folga e de forma voluntária foi até o local para auxiliar os colegas. O Governador afirmou que não há qualquer indício de que o incêndio tenha sido criminoso, acrescentando que a investigação já está em andamento para apurar as causas do fogo. A apuração será da 17ª DP da Polícia Civil. Leite assegurou que todas as soluções emergenciais para os serviços que eram prestados no prédio da SSP foram definidas para evitar qualquer prejuízo à população gaúcha.

O vice-governador Ranolfo Vieira Junior destaca que o prédio da Secretaria de Segurança Pública deve ser demolido completamente e em seguida será definido o que será feito no espaço, com a possível construção de uma nova sede. Os servidores que trabalhavam no local estão sendo realocados pelo Governo do Estado, que também está priorizando a compra de equipamentos emergencial para que não haja descontinuidade dos serviços prestados, pelos órgãos que operam na sede, tais como Secretaria de Administração Penitenciária, Superintendência de Serviços Penitenciários, Instituto-Geral de Perícias e Detran. A maioria dos serviços no local era administrativo, e segundo o Governo, os processos são totalmente digitalizados e que apenas documentos mais antigos podem ter sido perdidos com as chamas. O vice-governador informou que cerca de 50 a 60 servidores estavam trabalhando no prédio no início do incêndio, e que todos deixaram o local sem dificuldades e sem nenhum ferimento.

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, César Eduardo Bonfanti, as características do prédio, tais como a elevação do prédio e o fato de ser uma construção antiga, de cerca de 50 anos, dificultaram o combate às chamas. Haviam duas escadas protegidas para evacuação do local, garantindo proteção às pessoas, informou o chefe da corporação. A informação é de que a origem do incêndio foi no quarto pavimento do prédio. Bonfanti salientou que houve investimento em viaturas do Corpo de Bombeiros, especialmente em Porto Alegre, e garantiu que não havia deficiência em equipamento para o combate a incêndio. No entanto, o comandante destacou que há dificuldades históricas no Estado para combate ao fogo em prédios mais altos. Segundo Bonfanti, até o final do ano, um novo caminhão, de origem espanhol, deve reforçar a corporação até o final do ano. 

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí/Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini