Procurado há cinco anos, Líder de facção gaúcha é preso em condomínio de luxo em SP

A Polícia Civil gaúcha divulgou ontem que prendeu um dos líderes da maior organização criminosa do Rio Grande do Sul. O suspeito chefiaria uma facção com base no vale do Sinos. Ele foi preso em um condomínio de luxo na cidade de São Paulo, durante a Operação Dívida Ativa. A ação contou com um helicóptero da polícia.

O suspeito é Diogo Martins, vulgo DG. Ele seria uma das principais lideranças da organização criminosa nas regiões do Vale do Paranhana e da Serra Gaúcha, atuando na distribuição de drogas, homicídios e extorsões. Sua vida no crime começou há anos, em 2011, e desde então, acumula 12 indiciamentos, sendo a maioria pelo cometimento de crimes de relevante gravidade. A ficha dele soma registros por tráfico de entorpecentes (2x), extorsão (6x), homicídio (2x), receptação e roubo com morte.

O criminoso estava foragido desde 2019 e foi localizado após cerca de nove meses de investigação realizada pela Delegacia de Capturas (DECAP), do Departamento Estadual de Investigação Criminal (DEIC).O fugitivo era monitorado desde em meados do mês de abril de 2023. Durante as investigações, foi possível confirmar que o suspeito estava se escondendo em um apartamento de alto padrão, na Zona Oeste da capital Paulista.Verificou-se que o foragido possuía uma vida de luxo. O valor mensal do apartamento que ele havia alugado é avaliado em R$ 30 mil. O foragido também era visto dirigindo um veículo Range Rover, modelo Velar, avaliado em cerca de R$ 500 mil.

A equipe de policiais também identificou que ele estava usando um nome falso e que raramente era visto circulando pelo condomínio. De posse desses dados, a equipe realizou campana no local por cerca de dois dias, até ter a confirmação visual do foragido, ocasião em que realizou a abordagem. No momento da prisão o indivíduo estava sozinho e não foram encontrados objetos ilícitos na sua posse.

Posteriormente, dada a periculosidade dele, foi realizada a imediata escolta do preso para o estado do Rio Grande do Sul pelos próprios policiais da Delegacia de Capturas, chegando ao estado sob forte esquema de segurança.