“De um cenário de guerra para caos organizado” ilustra prefeito de Muçum sobre enchentes

De um cenário de guerra e catástrofe, para uma realidade de caos organizado. Assim o prefeito de Muçum, Mateus Trojan, ilustrou a atual situação do município durante entrevista, hoje pela manhã, na RPI.

Muçum foi um dos municípios mais atingidos pelas enchentes que aconteceram no início da semana passada na região do Vale do Taquari, especialmente em razão do transbordamento do rio Taquari. Das 48 mortes pelas chuvas, 16 foram registradas em Muçum, ou seja, o município com maior número de óbitos dentre os demais no Rio Grande do Sul que também tiveram óbitos pelo ciclone. Quatro pessoas seguem desaparecidas.

Mateus Trojan acredita que, pelo menos, três devem ter as mortes confirmadas em razão das enchentes. Um dos desaparecidos é um bombeiro voluntário que ajudava no resgate das vítimas. Trojan explicou que após as primeiras ações de limpeza, agora o município começa ter um fluxo de trabalho, inclusive algumas famílias voltaram para as casas. Cerca de 80% da cidade foi atingida pelas enchentes. No momento, o foco é em organizar alojamento para os moradores que perderam as residências, reforma de espaços públicos, além da preocupação de reconstrução dos imóveis das famílias.

Para piorar a realidade, dias antes das enchentes, Muçum sofreu com um temporal de granizo, quando houve estragos nos telhados de cerca de mil casas. A prefeitura de Muçum já recebeu dinheiro do Estado e governo federal para auxiliar nessas reconstruções, mas ainda falta muito. Inclusive, o prefeito ressaltou que ainda não existe o montante exato do prejuízo financeiro causado pelas chuvas, mas acredita que sejam dezenas de milhões de reais. Isso porque, além de casas, ocorreu destruição de prédios públicos, danos em lavouras, ainda perdas por parte do comércio e indústrias.

Aliás, o prefeito de Muçum na mesma entrevista na Progresso nesta manhã alertou para a possibilidade de colapso econômico e social, visto os prejuízos no setor empresarial. Disse que é preciso saber como vai ser o apoio para o empresariado retomar as ações.

Em termos de donativos, Mateus Trojan pediu que os municípios, entidades e demais segmentos de Ijuí e região priorizem doação de móveis e eletrodomésticos, pois roupas e alimentos, neste momento, o município tem bastante em estoque, inclusive com espaço esgotado para acondicionamento. Outra sugestão é doar dinheiro por meio de PIX disponibilizado pelo município. A chave é o CNPJ 93.856.813/001-69.