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Em entrevista na RPI, economista da Fiergs ressalta avanços com reforma tributária

10 de julho de 2023

A reforma tributária brasileira, aprovada na madrugada da última sexta-feira pela Câmara dos Deputados, agora passa a ser avaliada e votada pelo Senado. O projeto estabelece que no lugar do IPI, PIS e Cofins, que são de arrecadação do governo federal, vai ser criada a CBS – Contribuição sobre Bens e Serviços. A União define a alíquota neste caso. 

Já no lugar do ICMS, que é dos Estados, e do ISS, imposto dos municípios, haverá o IBS – Imposto sobre Bens e Serviços – com governos estaduais e municipais na organização dessa alíquota. A ideia é zerar imposto sobre a cesta básica. Além disso, a matéria cria tributação sobre bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como bebidas de álcool e cigarro.

Para a Fiergs – Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – a aprovação da reforma tributária traz vários pontos positivos para o país, ao promover crescimento mais vigoroso por meio de um sistema de arrecadação de impostos mais simples e eficiente. A entidade entende que o novo sistema de tributação vai beneficiar a população, com mais empregos e renda, além de garantir competitividade à indústria.

Durante entrevista hoje pela manhã na RPI, o economista chefe da Fiergs, Giovani Baggio, disse que dessa maneira o Brasil começa superar entraves históricos para o desenvolvimento e a reforma se iguala a outros momentos históricos, como a criação do plano real. Existe perspectiva que com as novas regras, em 15 ou 20 anos, o PIB – Produto Interno Bruto – brasileiro cresça mais de 20%.

Giovani Baggio comentou que o país sofre com sistema tributário oneroso, em que as empresas gastam muito tempo e recursos. Para o economista, a reforma tributária traz condições para o Banco Central começar a reduzir taxas de juros e já na próxima reunião, prevista para agosto, poderá ter novidade em diminuir a Selic. Giovani Baggio também observou a tendência das empresas e indústrias passarem a ter crédito acessível.

O Rio Grande do Sul é diretamente impactado, de acordo com o economista da Fiergs, por exemplo, na indústria de máquinas e equipamentos agrícolas, mercadorias essas que servem para outros segmentos brasileiros. Outro avanço destacado pela Fiergs é a garantia da devolução rápida dos créditos de IBS e CBS. Na visão da Fiergs, contudo, há pontos de alerta para determinadas questões na reforma tributária, como a disparidade de tributos entre a Zona Franca de Manaus e a produção de outras regiões. Além disso, a sociedade precisa de uma garantia no texto da reforma de que não haverá aumento geral da carga tributária.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí