Esgoto a céu aberto há cinco décadas: Prefeitura de Ijuí enfrenta desafios para solucionar o problema na Rua Siqueira Couto, no bairro Mundstock

No bairro Mundstock, em Ijuí, o prolongamento da rua Siqueira Couto tem sido palco de um sério problema de esgoto a céu aberto, persistindo por mais de cinco décadas. A situação se agrava durante os dias quentes, quando um odor insuportável toma conta da região, causando desconforto aos moradores locais. Diante da falta de soluções, a questão chegou a ser judicializada após repetidas solicitações de melhorias.

Após a intervenção do Ministério Público, foi determinado que a prefeitura tomasse providências para resolver o problema. Contudo, o desafio enfrentado é a presença de diversas vertentes e a impossibilidade de mexer em certas áreas da rua, o que tem impedido a resolução efetiva do problema.

Em uma entrevista à Rádio Progresso, o secretário de obras, desenvolvimento urbano e trânsito (SMODUTRAN), Fábio Franzen, explicou que o solo rochoso tem complicado os esforços para executar o trabalho de saneamento. Ele esclareceu que a fossa está no meio da rua e não há local para que seja instalada. A Corsan também já enviou suas equipes ao local para analisar a situação.

Uma das alternativas consideradas pela prefeitura foi a remoção de uma árvore “pitangueira” para possibilitar a realização das obras de abertura e ampliação da fossa existente. No entanto, essa medida enfrenta uma barreira, pois a árvore é responsável por sustentar algumas residências e sua remoção poderia causar desmoronamentos.

Buscando minimizar os transtornos enfrentados pela comunidade, a prefeitura iniciou obras de calçamento na área. O objetivo é garantir que os moradores consigam chegar em suas casas de forma mais tranquila, embora, durante esse processo, seja necessário fechar a rua temporariamente por alguns dias.

“Enquanto a situação do esgoto a céu aberto ainda permanece sem uma solução definitiva, a administração municipal continua empenhada em encontrar alternativas para resolver esse antigo problema que tem afetado a qualidade de vida dos moradores da região”.

Em entrevista à Rádio Progresso, a moradora Débora Ketzer evidenciou que o problema tem causado transtornos à família há décadas e em datas festivas, como Natal e Ano Novo, as reuniões familiares são impossibilitadas, especialmente por conta do cheiro que exala do local. Além disso, a obra iniciada pela prefeitura tem causado transtornos com o acúmulo de barro e água. “Não dá para entrar em casa e ainda nos falaram que a obra não vai poder continuar por falta de drenagem”.