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Incêndio em Porto Alegre deixa 10 vítimas; Defesa Civil trabalha com hipótese de incêndio criminoso

26 de abril de 2024
Foto: Evandro Leal/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Um incêndio que atingiu uma pousada na região central de Porto Alegre matou 10 pessoas e deixou outras 11 feridas na madrugada desta sexta-feira (26). A décima vítima foi localizada no terceiro andar do prédio em varredura do Corpo de Bombeiros durante a manhã. Ainda há desaparecidos.

Segundo a Prefeitura de Porto Alegre, o local recebia pessoas em situação de vulnerabilidade social. Estavam no espaço, que é privado, 30 pessoas, sendo que as estadias de 16 delas eram mantidas com dinheiro público.

A pousada fica na Avenida Farrapos, entre as ruas Garibaldi e Barros Cassal, no sentido Centro-bairro. Os bombeiros foram ao local para combater o incêndio por volta das 2h. O fogo foi controlado por volta das 5h. No primeiro andar do prédio, foram encontradas duas vítimas. No segundo, cinco. Já no terceiro, outras três.

Onze pessoas foram resgatadas. Todas precisaram de atendimento médico e foram levadas pelos bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para hospitais. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), seis estão no Hospital de Pronto-Socorro: o estado de saúde de quatro delas é grave, sendo que duas delas estão entubadas, uma passa por cirurgia e outra recebe atendimento por ter inalado fumaça. Já no Hospital Cristo Redentor, estão três pacientes: uma está com 20% do corpo queimado, outra machucou o tornozelo e, por fim, há uma sobre a qual informações não foram divulgadas.

Causas do incêndio

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil trabalham para esclarecer o que causou o incêndio. Segundo o coordenador da Defesa Civil em Porto Alegre, Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior, “trabalha-se com a possibilidade de incêndio criminoso”.

“Preliminarmente, se trabalha com [a hipótese de] incêndio criminoso. Estruturas da prefeitura vão entrar em cena com o proprietário para gente fazer a realocação das pessoas que ficaram desalojadas. Trabalha-se com a possibilidade de incêndio criminoso, um indivíduo pode ter entrado na madrugada”, relata o coordenador. A suspeita do poder público é de que, por algum motivo, essa pessoa tenha sido a responsável por colocar fogo no local, que acabou se alastrando.

Essa hipótese se opõe a do delegado Leandro Bodoia, responsável pela investigação. “Não encontramos nenhum indício de incêndio criminoso. Um morador tentou apagar o fogo em um colchão, virando o colchão para apagar a chama, mas, daí, bateu na parede de madeira e se alastrou”, afirmou. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) é o órgão que poderá atestar o que pode ter acontecido. O caso deve ser investigado pela Polícia Civil.

O Corpo de Bombeiros avalia que o fogo se alastrou rapidamente porque os quartos da pousada eram muito próximos. Isso teria feito com que, inclusive, pessoas que estavam no local fossem impedidas de sair.

Fonte: G1 RS