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Mudança de rotina: moradores do bairro da Penha cancelam atividades noturnas com medo de novos assassinatos

10 de novembro de 2023

Moradores do bairro da Penha, onde no último dia 31 duas pessoas foram mortas a tiros num bar localizado naquela região, e outras duas foram baleadas, estiveram na Rádio Progresso nesta sexta-feira (10) falando sobre a sensação de insegurança que predomina no local. Mateus Perini, coordenador da comunidade do bairro da Penha, relatou que no momento em que aconteceram os disparos, ele estava dentro da Igreja Católica com um grupo de crianças que estavam na catequese, e que ouviram todos os tiros e barulhos causados na ação. Dias depois, horas antes de outra atividade que aconteceria na comunidade da igreja, houve nova tentativa de homicídio nas proximidades, instaurando mais uma vez o medo nos moradores. “Tínhamos uma cachorro-quente solidário que fazemos na primeira sexta-feira do mês, e decidimos cancelar o evento por medo de que novas mortes aconteceriam no local, a gente nunca sabe pra que lado eles vão correr” relata o coordenador.

A insegurança é tanta, que as atividades de saúde relacionadas ao Novembro Azul, que aconteceriam depois das 18h, foram canceladas, segundo a presidente do bairro e representante da comissão de moradores, Carolina Berlesei Germano. De acordo com o grupo de moradores, algumas atitudes já foram tomadas nessa semana, após reunião com o prefeito Andrei Cossetin, como a troca de lâmpadas em locais próximos ao albergue. Os moradores aguardam agora que outras promessas feitas pelo executivo sejam cumpridas, como o cercamento eletrônico em volta do albergue e o aumento de fiscalização nos bares daquela região.
O principal desejo dos moradores da Penha é que o albergue mude de local, porém, eles entendem que essa é uma situação complexa, que o local é de responsabilidade do estado e que depende de muitos trâmites burocráticos. Enquanto essa situação não for resolvida, fica a esperança de que, na medida do possível, os moradores possam ao menos retomar com suas rotinas.

Fonte: RPI