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O que está por trás do crescimento da indústria de Apostas Esportivas?

13 de abril de 2023

É inegável que o brasileiro adora apostar. A história dos jogos de azar no país é conturbada; já foram proibidos e liberados diversas vezes. Frequentemente, novas propostas de lei retomam o tema, que parece não avançar, ao menos no que se refere às casas de apostas físicas. As apostas esportivas online passaram a ser permitidas em 2018, através de uma MP do ex-presidente Michel Temer.

Desde então, o setor não parou de crescer no Brasil. Dificilmente, aquele jogo de futebol no fim de semana não trará agora propagandas como 1XBet codigo promocional, ou até mesmo nomes de peso deste mercado, patrocinando os times em campo. Entenda como este crescimento vem acontecendo e o que está por trás dele, neste artigo.

Demanda Represada

Foram mais de 70 anos de proibição das apostas esportivas, desde quando o ex-presidente Gaspar Dutra proibiu apostas por completo na sociedade brasileira. Porém, é como se o brasileiro nunca tivesse deixado de apostar e em pouco tempo de liberação, o público já se mostrou capaz de participar dos grandes eventos em massa.

Em 2022, a Copa do Qatar recebeu um volume de apostas maior do a Liga dos Campeões, na Europa, ou da Copa Libertadores, por aqui. No ano passado, com a Copa do Qatar, o volume de apostas no país chegou a R$9,8 bilhões. Mesmo assim, espera-se um número ainda maior para 2023; algo por volta dos R$12 bilhões.

De Olho no Prêmio

Atualmente, apesar de não serem mais proibidas, as apostas esportivas online ainda carecem de uma regulamentação clara. O potencial econômico da regulamentação da atividade é impressionante.

De acordo com Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, seria possível arrecadar de R$2 milhões a R$6 milhões com a taxação do setor, que inclui plataformas e apostadores. O ministro complementa, afirmando que a não-taxação desta atividade permite a prática de crimes financeiros como evasão de divisas.

Próximas Rodadas

Pela lei atual, as empresas de apostas esportivas online não podem oferecer seus serviços a partir de solo brasileiro. Isso significa que todos os sites e órgãos reguladores são sediados fora do país. Este cenário deve mudar com a regulamentação da atividade e espera-se que a nova lei exija a presença jurídica destas empresas em solo nacional. Diversos nomes de peso no ramo já estão abrindo seus escritórios e representações jurídicas no país e já reúnem para criar instituições de representação do setor, como o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável.