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Presidente da Famurs alerta para necessidade de melhor planejamento aéreo durante calamidades

6 de maio de 2024

A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul atua, juntamente com o governo gaúcho, governo federal e outros poderes e entidades, no apoio às comunidades afetadas pelas enchentes, em razão das chuvas desde a semana passada.

Durante entrevista hoje pela manhã na RPI, o presidente da Famurs e prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi, frisou o caos que ainda existe em vários municípios, por exemplo, região de Porto Alegre, com áreas isoladas, além de alagamentos que deixam milhares de pessoas fora de casa. Comentou que ele próprio não consegue contato com prefeitos vizinhos a Campo Bom há dois ou três dias, em razão de problemas no sistema de comunicação.

Orsi observou que em muitos casos cada prefeito é por si, ou seja, não consegue contar com apoio de municípios limítrofes, pela falta de contato, isolamento ou problemas maiores nas áreas vizinhas. Mesmo com redução ou paralisação das chuvas em grande parte do Rio Grande do Sul, o presidente da Famurs destaca que o momento ainda é de salvar vidas, visto pessoas desaparecidas ou que precisam de resgate.

Ontem, durante visita da comitiva do governo federal, que esteve em Porto Alegre, inclusive com presença do presidente da república, Luis Inácio Lula da Silva, Luciano Orsi pediu que a União libre recursos financeiros extras do FPM – Fundo de Participação dos Municípios – para que as prefeituras possam investir em ações emergenciais.

Há encaminhamento para repasse de emendas parlamentares mais ágeis, também verbas para a saúde. Também acredita que seja necessária ajuda humanitária e dinheiro governamental a fundo perdido para as pessoas comprarem móveis, eletrodomésticos, enfim, para reconstruções. Na mesma entrevista hoje pela manhã na Progresso, Luciano Orsi não quis estimar os prejuízos da atual enchente, mas acredita que vai ser em torno de três vezes maior que as chuvaradas do segundo semestre de 2023. Ou seja, são bilhões de reais. “Dor mesmo vai surgir quando as pessoas voltarem para casa e não tiverem nada”, comentou o prefeito de Campo Bom.

Mesmo com os alertas antecipados sobre a previsão da catástrofe ambiental, que se confirmou no Rio Grande do Sul, o presidente da Famurs entende que houve falha governamental para resgate aéreo, ou seja, aeronaves de plantão para socorrer as pessoas. Luciano Orsi acredita que aviões e helicópteros de outras regiões do Brasil deveriam estar de prontidão dias antes do começo das chuvas. Até porque, uma aeronave consegue chegar onde barcos não podem ir, além de ser possível localizar pessoas de forma mais fácil.

Em Campo Bom, onde Orsi é prefeito, em torno de três mil pessoas ainda estão fora das residências. Devido à cheia do rio dos Sinos, ele frisou, por exemplo, que numa extensão de aproximadamente 300 metros, cerca de 10 veículos ficaram debaixo da água.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí