Prisões recentes devido a exploração sexual infantil reforçam cuidados com o que as crianças consomem na internet

A Delegacia da Polícia Federal (DPF) de Santo Ângelo realiza desde o mês de maio a Operação Anjo Protetor, visando combater o crime de exploração sexual infantil, especialmente, em relação ao armazenamento de conteúdo pornográfico de menores.

Desde então, já foram feitas seis diligências com prisões no Noroeste gaúcho. Somente neste mês de agosto, foram três ações, que culminaram na detenção de indivíduos nos municípios de Santa Rosa e Três Passos, no início do mês, e em Frederico Westphalen nesta semana.

Conforme o Delegado da DPF santo-angelense, Márcio Mathias, a ação visa reduzir a prática desse tipo de delito, que por ter um caráter mais íntimo, é de difícil investigação.

“Essa operação visa fazer esse trabalho de repressão ao cometimento desse tipo de crime pela internet, desde armazenamento, compartilhamento, e até casos de aliciamento e exploração sexual infantil. Essa operação iniciou em maio, com o cumprimento do primeiro mandado de prisão em Horizontina, onde ocorreu uma prisão. Ao longo desses três meses nós já tivemos seis prisões dessas questões flagranciais do armazenamento de conteúdo de pornografia infantil”, detalha o delegado.

A autoridade policial relembra, ainda, casos em outras frentes nesse crime, como a prisão de uma dupla em Jóia, no fim do ano passado, acusados por aliciar e consumar os atos de exploração sexual infantil.

Diante dessa realidade, o delegado reforça a necessidade de cuidado dos pais para como as crianças estão acessando a internet. “Os pais precisam estar presentes no desenvolvimento de suas crianças, seus adolescentes. Eles têm que saber o que essa criança e esse adolescente está consumindo na internet. Eles têm que impor limites para essas crianças para que depois elas não sejam vítimas desse tipo de crime bárbaro e de violência”, ressalta Márcio.