Jóia é o município mais atingido por temporal, mas também estragos em Ijuí e região

Os municípios de Jóia, Boa Vista do Cadeado, Eugênio de Castro e Panambi registram os maiores prejuízos em razão do granizo, forte chuva e vento, desde a madrugada de hoje, consequências do ciclone extratropical que atinge o Rio Grande do Sul.

Em Jóia, cerca de 300 casas tiveram estragos nos telhados. Porém, segundo o prefeito, Adriano Marangon de Lima, pouco mais de 160 famílias se cadastraram na prefeitura para receber ajuda. Os problemas aconteceram em toda a cidade e no interior apenas no assentamento Ceres. O atendimento à comunidade foi centralizado, nesta quarta-feira, no ginásio de esportes de Jóia, inclusive com distribuição de lonas. Amanhã, quem precisar de apoio deverá comparecer na secretaria municipal de Assistência Social.

Hoje à tarde, uma forte pancada de chuva e rajas de vento retiraram parte das lonas colocadas como cobertura de emergência nas residências. Nesta tarde, Adriano Marangon de Lima assinou o decreto de situação de emergência no município devido aos estragos pelo temporal, especialmente para conseguir telhas do governo estadual a fim de repassar para famílias com menor poder aquisitivo. A estimativa é que sejam necessárias mais de duas mil telhas para reforma das casas. O 27º GAC, unidade do Exército de Ijuí, e da Defesa Civil regional, com sede em Santo Ângelo, prestaram auxílio, hoje, para famílias em Jóia.

Em Boa Vista do Cadeado, os prejuízos aconteceram no distrito de Ponte Queimada, limite com Jóia. O prefeito, João Paulo Beltrão dos Santos observou que cerca de 10 casas sofreram estragos nos telhados pelo granizo. A prefeitura vai ajudar essas famílias nas reformas. No município de Eugênio de Castro também algumas residências registraram danos nos telhados pelas pedras de gelo.

Em Ijuí, o coordenador da Defesa Civil, Rubem Jagmin, frisou que cerca de 15 casas precisaram de lonas para cobertura de telhados na cidade. Porém, apenas em algumas situações foi problema de granizo. Em outros casos a água entrou nos imóveis, por exemplo, devido a entupimento de calhas.

No interior, o secretário de Desenvolvimento Rural de Ijuí, Émerson Pereira, ressaltou que em vários pontos de estradas, em baixadas, se formou atoleiro, por isso, haverá plano de ação para resolver as situações. Hoje à tarde uma retroescavadeira da prefeitura atuou para resolução emergencial de alguns locais, por exemplo, desentupimento de bueiros na localidade de Hawai. Inclusive, na comunidade de Hawai a água transbordou num riacho e causou alguns estragos numa via asfaltada. Alguns pequenos rios transbordaram no interior de Ijuí, por exemplo, na comunidade de Barreiro, onde a água alagou uma área e passou por estrada. O arroio Nock, no distrito de Chorão, também saiu fora do leito.

Na cidade de Panambi, o coordenador municipal da Defesa Civil, Adair de Lima Rodrigues, disse no final da tarde de hoje para a RPI que o problema não foi o granizo, mas sim o transbordamento do rio Fiuza, que atingiu algumas casas ou outros imóveis. Porém, não teve muitos prejuízos porque os moradores, de forma antecipada, tinham retirado ou levantado os móveis. Uma empresa de Panambi não funcionou nesta quarta-feira, visto muita água acumulada defronte o estabelecimento, e duas escolas cancelaram aulas. A água ainda invadiu alguns veículos em Panambi, visto que alguns motoristas tentaram passar por alagamentos.