Mourão avalia Reforma Tributária e critica decisão que encerrou programa de escolas cívico-militares

O senador Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou que a Reforma Tributária é fundamental para destravar o crescimento no país. O tema deve começar a ser discutido no Senado na segunda quinzena de agosto. Em entrevista nesta quinta-feira, 13, à Rádio Progresso, o político disse ser entusiasta da reforma desde a campanha de 2018. No entanto, ele entende que ela deve ser feita com três determinados princípios. 

“Primeiro é a simplificação, entender quais são os tributos pagos. Segundo é não haver aumento da carga tributária. E terceiro não pode haver uma centralização da arrecadação no Governo Federal. Isso aí tem que estar melhor distribuído a todos os entes da federação”, destacou.

Conforme Mourão, desde que a reforma esteja de acordo com estes pressupostos, ele votará favorável a ela. O senador acredita que a discussão que precisa ser travada é sobre a divisão do bolo tributário. “Acho um absurdo o prefeito de Ijuí, por exemplo, se deslocar à Brasília pedindo dinheiro para comprar uma ambulância porque ele não tem recurso na mão”, lamentou.

O senador também comentou sobre a ação do governo federal que encerrou o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim) na quarta-feira (12). “Tanto senadores que apoiam o governo quanto à oposição, criticaram veementemente esta decisão. Os pais e mãe querem disciplina para os seus filhos e os professores querem tranquilidade nas salas de aula. Foi uma decisão muito ruim do governo e espero que tenha a sensibilidade de voltar atrás”, relatou.

Sobre a cassação dos direitos políticos de o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, Mourão, que foi vice-presidente neste período, disparou: “é uma perseguição política. Se querem punir o presidente, que arrumem outro motivo, porque este é falho.

Sobre a possibilidade de concorrer novamente a um cargo de presidente ou vice-presidente da República, Mourão disse que vai permanecer no Senado durante o período de oito anos.