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Varíola do macaco é classificada como ameaça nacional. Paciente de Santo Ângelo foi confirmado com a doença

9 de agosto de 2022

O Ministério da Saúde, por meio do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública: COE Monkeypox, divulgou um plano de contingência para a varíola do macaco. No documento, a doença é classificada como nível III no Brasil: uma ameaça de relevância nacional com impacto sobre diferentes esferas de gestão do SUS, exigindo uma ampla resposta governamental, constituindo uma situação de excepcional gravidade, podendo culminar na Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin).

De acordo com o COE Monkeypox, os níveis vão de I a III. O mais elevado é adequado para o Brasil, segundo o Centro, pois já existem casos confirmados da doença no país, com transmissão comunitária, e ainda não há no território nacional disponibilidade de medidas de imunização e tratamento contra a complicação.

Cada nível é baseado na avaliação do risco da doença e seu impacto para a saúde pública e serviços do SUS, levando em consideração a transmissibilidade da complicação, agravamento dos casos confirmados, vulnerabilidade da população, incluindo imunidade pré-existente, grupos-alvo com maiores taxas de ataque ou maior risco de agravamento da enfermidade, disponibilidade de medidas preventivas (como vacinas e possíveis tratamentos), recomendações da OMS e evidências científicas.

Até ontem (08), o Rio Grande do Sul contabilizava 21 casos de varíola do macaco. As confirmações da doença são distribuídas em 11 cidades gaúchas. Canoas (2), Caxias do Sul (2), Esteio (1), Garibaldi (1), Igrejinha (1), Novo Hamburgo (2), Passo Fundo (1), Porto Alegre (5), São Marcos (1), Uruguaiana (1) e Viamão (3).

No entanto, na manhã dessa terça-feira (09), foi confirmado o primeiro caso na região: trata-se de um homem, morador de Santo Ângelo, que recentemente voltou de viagem aos Estados Unidos. Nesse momento a Secretaria de Saúde de Santo Ângelo monitora o paciente, que não necessitou de internação hospitalar, bem como seus familiares, que estão assintomáticos.

O paciente apresentou sintomas de cansaço, dores nas pernas e num segundo momento apareceram bolhas na pele, quando foi realizado o exame que confirmou a doença. Flávio Christensen, secretário de Saúde de Santo Ângelo, afirma que as equipes da UPA 24 Horas, dos postos de saúde e do Hospital Santo Ângelo já receberam orientações a respeito dos sintomas e a necessidade de exame para confirmação de casos. Ele salientou que existe a suspeita de um segundo caso, mas esse paciente não teria viajado para fora do País.

Fonte: RPI